quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Uva é mais uma nova fonte de renda em Sertão Santana


Reconhecida pela produção de arroz e fumo, Sertão Santana é um município localizado a 80 quilômetros de Porto Alegre, e está diversificando sua agricultura familiar a partir da produção de uvas. A iniciativa é do Programa Juntos para Competir, desenvolvido pela Secretaria Municipal da Agricultura, Sebrae, Farsul e Senar.No final de 2008, foi criada a Apruss - Associação de Produtores de Uva de Sertão Santana - e, em janeiro de 2009, ocorreu a primeira colheita de uva realizada pelos produtores da associação. De acordo com o técnico do Sebrae/RS, Juliano Wiener Bolzoni, a produção de uvas tem trazido bons resultados para os produtores. “Está havendo uma forte mobilização do grupo. Os produtores estão buscando na vitivinicultura uma alternativa de renda. Por meio da associação estão recebendo benefícios e apoio. O trabalho em conjunto está sendo um dos grandes diferenciais para os produtores”, afirma.Segundo o consultor do Programa Juntos para Competir, Érico Grequi, a idéia de montar a Apruss surgiu a partir das capacitações e visitas técnicas que foram realizadas com o grupo de produtores. “Em 2008, o grupo participou do curso de regulagem técnica de pulverizador do Senar; de visitas técnicas, uma delas à Vinicola Giriole, em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha, onde conheceram a produção de uma nova uva, a BRS Margot. Também participaram da oficina de cooperativismo, da oficina de compras em conjunto, além de uma consultoria em design, para elaboração de rótulos de vinhos”, lembra Grequi.Atualmente, de acordo com o consultor, está em andamento uma consultoria para criar a identidade visual da associação, ou seja, a logomarca do grupo. Ações de mercado deverão acontecer só em 2010, quando haverá maior volume de produção.O presidente da Apruss, Áureo Souka, afirma que a entidade possui 44 produtores associados, sendo que 50% já estão produzindo e o restante está em fase de implantação. “Produzimos basicamente uva americana, bordô e francesa, 70% para vinho, 15% para suco e o restante para comercialização in natura”, destaca.Na primeira colheita, foram 22 toneladas da fruta. “Já estamos cultivando, em pequena escala, novas variedades de uvas nobres, Lorena e Margot, que têm como diferencial 20% a mais de antioxidante. E, como teremos esse novo plantio esperamos colher para a próxima safra 15% a mais de uvas”, prevê. Ele ressalta que, entre os parreirais que já existiam e os novos, hoje, os produtores da associação têm uma área com 18 hectares de terra, que varia de 0,5 hectares até 1,5 hectares. “Na safra 2009, o grupo produziu 11 mil litros de vinho e 1,5 mil litros de suco. Nos próximos dois anos os parreirais novos começarão a produzir e isso irá aumentar satisfatoriamente a produção. Teremos de criar uma agroindústria para colocar os produtos no mercado”, projeta.

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