Sertão
Santana – Vem se destacando na região através da diversificação de culturas e
na busca de desenvolvimento de projetos que mantenham homens, mulheres e principalmente
os jovens no meio rural.
Durante
a semana passada o Regional esteve na localidade de Emboaba Gelinski, Sertão
Santana, na propriedade de Joarez Gelinski, jovem
produtor, fumicultor que vem demonstrando o quanto é importante a
diversificação de culturas. Pensando em agregar uma outra atividade há a mais
de dez anos, Joarez começou produzir cachaça em sua propriedade, comercializada
por ele mesmo no município. Com o tempo e com a ideia da diversificação mais
amadurecida, optou por uma fonte de renda já por ele conhecida e desenvolvida,
mas apenas utilizada para consumo familiar.
“Eu e minha esposa estávamos lendo uma edição do Regional,
há uns 3 anos, a respeito da tentativa de implantar uma bacia leiteira na
região, então procurei a secretaria municipal de agricultura, para me informar.
Assim fiquei sabendo que haveria uma reunião sobre o assunto em Sertão Santana.
Foi assim que começamos a participar, visitar outros municípios, outros
produtores, tais como Noeli Kologeski e seu Esposo Olavo, que já desenvolviam
esta atividade há vários anos. Observei que com a produção de leite teria uma
fonte de renda mensal e alguns produtores que visitei, que intercalavam o
plantio de fumo ou arroz, com a produção leiteira, estavam melhorando seus
resultados financeiros, pois ao vender sua safra de fumo ou arroz, as despesas
e custos com a produção destas culturas já estavam pagas com a produção de
leite, comentou Gelinski."
Assim Joarez iniciou esta atividade, com aquisição de
equipamento para ordenha, um tanque resfriador e doze vacas, da raça holandesa.
O leite produzido em sua propriedade tem a sua compra garantida pela Empresa Consulati,
que recolhe a produção a cada dois dias e presta também assistência técnica ao
produtor. Joarez elogia também o ótimo
atendimento prestado pelos técnicos Marcio e André..
A produção média de cada animal é de 22 a 23 litros de
leite por dia, sendo que o rebanho é mantido em um espaço de cinco hectares, com
capacidade para aumentar esta quantidade dependendo do manejo a ser adotado..
“Dentro deste espaço de cinco hectares, tem que ser feito
a correção de solo, implantar as pastagens que vão baixar o custo de produção e
aumentar a quantidade de pasto. Talvez no futuro investir numa irrigação de
pastagens, no momento estamos construindo um novo galpão, em que poderá haver o
aproveitamento do esterco para adubação na lavoura, melhorar o solo, e com isso
aumentar o número de animais” salientou Joarez.
Em relação ao investimento, todos os equipamentos de
ordenha e os animais, foram financiados pelo programa MAIS ALIMENTO, aliados a recursos próprios para a estruturação
da sua propriedade. A estimativa de leite produzido em um ano é de
aproximadamente 79 mil litros e o valor pago é em média R$ 0,81 centavos por
litro.
“Procuramos sempre melhorias, tais como: a genética e
sanidade dos animais, qualidade de alimento,
higienização rigorosa na ordenha. Com estes cuidados, procuramos obter
uma boa qualidade no leite, o que resultará em maior rentabilidade no preço
final. Aliados a isso, mantemos um controle sobre todas as atividades
exercidas, como por exemplo, o dia de inseminação, controle da qualidade e
quantidade do leite na hora da coleta, enfim, dados que poderemos precisar mais
tarde” finaliza Gelinski"
Todo trabalho de manejo e ordenha é realizado basicamente
pelo casal, que mantém ainda a produção de fumo, mas apostaram na
diversificação.
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